O ajuste no comércio exterior, a rigidez das rendas e as necessidades de financiamento externo da economia brasileira
Resumo
Este artigo discute as mudanças na composição do balanço de pagamentos brasileiro dos anos noventas até os dias de hoje. O trabalho analisa a evolução do déficit em conta corrente, com base em dois componentes analíticos principais: o déficit em transações reais, que reflete a competitividade da economia em bens e serviços, e a conta de rendas, esta última associada à herança de políticas passadas de crescimento e de estabilização. Mostra-se que durante o período de câmbio administrado, entre 1994 e 1998, estes dois componentes principais apresentavam um comportamento explosivo. Após a tríplice mudança de regime em 1999, a conta corrente apresentou melhora significativa decorrente da evolução favorável de ambos os componentes. As transações reais beneficiaram-se do câmbio depreciado e do ritmo de atividade econômica. As rendas estabilizaram-se, embora essa estabilização tenha se dado em patamar elevado. Finalmente, o artigo discute a satisfação das necessidades de financiamento externas decorrentes dos déficits remanescentes ou da necessidade de rolagem do estoque de passivo externo.Referências
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